Você já se sentiu como se estivesse vivendo em câmera lenta, enquanto o mundo lá fora segue no modo acelerado? Já acordou cansado mesmo depois de dormir? Ou passou pela sua cabeça uma vontade de se afastar de tudo, até de quem você ama?
Essa sensação de vazio, chega mesmo nos dias em que “tudo está bem” e costuma fazer morada dentro de você.
Se essas perguntas tocaram você, talvez valha a pena olhar com mais carinho para isso.
Porque a depressão nem sempre aparece como tristeza profunda. Às vezes, ela se disfarça de apatia, irritação, esgotamento ou até mesmo de força. Isso mesmo, muita gente que parece estar “dando conta de tudo” está, na verdade, se sentindo quebrada por dentro.
O que os números nos dizem
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão afeta hoje mais de 320 milhões de pessoas no mundo — um número que vem crescendo principalmente após a pandemia. No Brasil, os dados mais recentes apontam que cerca de 1 em cada 10 brasileiros apresenta sintomas compatíveis com transtorno depressivo maior (IPEA, 2024).
Em 2023, um grande estudo publicado no Lancet Psychiatry mostrou que mais de 60% das pessoas com depressão também convivem com outros transtornos mentais, sendo os mais comuns:
- Transtorno de ansiedade generalizada (TAG)
- Transtorno bipolar (em suas fases depressivas)
- Transtornos do sono
- Transtornos alimentares
- Transtornos relacionados ao uso de substâncias
Além disso, há um número crescente de evidências que relacionam a depressão a condições físicas, como:
- Síndrome do intestino irritável
- Doenças cardiovasculares
- Diabetes tipo 2
- Distúrbios hormonais
- Inflamações crônicas
O que pode piorar o quadro de depressão?
Conviver com sintomas de depressão é difícil. E na tentativa de melhorar, muitas pessoas acabam adotando caminhos que, apesar da intenção, não ajudam e, pior, até agravam o sofrimento. Entre os erros mais comuns, estão:
Tomar medicamentos por conta própria: o uso sem prescrição ou indicação adequada pode gerar efeitos colaterais importantes, mascarar outros diagnósticos ou causar dependência.
Abandonar o tratamento ao primeiro sinal de melhora: interromper o uso de medicações ou parar a terapia precocemente pode gerar recaídas e piorar o quadro a longo prazo.
Acreditar que é apenas uma fase: quando os sintomas persistem por semanas, atrapalham o sono, o apetite, o foco ou a qualidade dos seus vínculos, é importante buscar ajuda profissional.
Tentar dar conta de tudo sozinho: pedir ajuda não é sinal de fraqueza. É um passo de coragem.
Aqui, você será ouvido de verdade
A Dra. Natália atua com escuta cuidadosa, abordagem atualizada e um olhar integral. Não é sobre prescrever algo rapidamente, nem rotular você.
É sobre entender o que você sente, o que você vive e o que o seu corpo expressa e então, construir juntos um caminho de tratamento respeitoso, afetivo e baseado em evidências.
Se você sente que algo não está bem, marque uma consulta.
Às vezes, tudo que a gente precisa é de um espaço onde possamos falar sem ser julgados, sentir sem ser corrigidos, e finalmente, começar a se cuidar de verdade.